VÍCIOS

(...) O Vício pode ser um “erro de cálculo” na procura de paz serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.
(...) Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a procura existencial, dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo.
(...) O vício aparece constantemente onde há uma inadaptação à vida social. Por incrível que pareça , o viciado é um “conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.
Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência, ou mesmo os trazem de outras reencarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.
(...) Precisamos revisar nossas concepções sobre os vícios. Não podemos entendê-los como uma problemática que abrange , exclusivamente, delinquentes e vadios. Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.
Pelas crenças tradicionalistas, são tachados de criminosos e vagabundos; para nós, no entanto, representam, acima de tudo, companheiros do caminho evolutivo, merecedores de atenção e entendimento. Por serem carentes e sofridos, entregam sua força de vontade ao poder dos tóxicos, procurando se esquecer de algo que, talvez, nem mesmo saibam: “eles próprios”, pois não aguentaram suportar seu mundo mental em desalinho.
A ociosidade pode ser considerada, ao mesmo tempo, “causa e efeito” de todos os vícios.
(...) Disse certa feita Sócrates: “Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo”.

Hammed/
Francisco do Espírito Santo Neto
As Dores da Alma, Cap. Vícios

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